Todos trazemos em nosso interior a vida pulsante que vem do Criador. Como pode alguém pensar em interromper o brilho desta luz antes de seu decurso natural chegar ao fim?
É por isso que a morte não natural, especialmente quando ocorrida do modo controverso que é o assassinato, me causa repulsa, mesmo quando este crime é cometido contra aqueles que segundo o senso comum “mereciam” tal destino.
Se pensar assim é ser ingênuo, então prefiro sê-lo. É preferível ter um coração compadecido do que insensível.
Mas, se depois de tudo isso ainda não o convenci do meu modo de pensar, ao menos olhe nos olhos desta mãe. Ela é como Deus: capaz de se compadecer e acolher em seu coração as fraquezas e misérias do filho que gerou, enxergando, contra todas as expectativas, o que ele tem de bom, e perdoando com a generosidade de quem ama o outro como ele é.
Que ela nos sirva de lição, pois revelou, em sua tragédia pessoal, a face misericordiosa de Deus que aparece sobretudo nos pequeninos e injustiçados, como apareceu um dia em Jesus crucificado.
Perdoa-nos a insensatez da violência, Pai, pois não temos sequer ideia do que estamos fazendo uns aos outros ao praticá-la.
(Assista ao vídeo inteiro para entender o texto. A cena da mãe aparece em 1min13s)
