A misericórdia de Deus nos olhos de uma mãe.

Todos trazemos em nosso interior a vida pulsante que vem do Criador. Como pode alguém pensar em interromper o brilho desta luz antes de seu decurso natural chegar ao fim?

É por isso que a morte não natural, especialmente quando ocorrida do modo controverso que é o assassinato, me causa repulsa, mesmo quando este crime é cometido contra aqueles que segundo o senso comum “mereciam” tal destino.

Se pensar assim é ser ingênuo, então prefiro sê-lo. É preferível ter um coração compadecido do que insensível.

Mas, se depois de tudo isso ainda não o convenci do meu modo de pensar, ao menos olhe nos olhos desta mãe. Ela é como Deus: capaz de se compadecer e acolher em seu coração as fraquezas e misérias do filho que gerou, enxergando, contra todas as expectativas, o que ele tem de bom, e perdoando com a generosidade de quem ama o outro como ele é.

Que ela nos sirva de lição, pois revelou, em sua tragédia pessoal, a face misericordiosa de Deus que aparece sobretudo nos pequeninos e injustiçados, como apareceu um dia em Jesus crucificado.

Perdoa-nos a insensatez da violência, Pai, pois não temos sequer ideia do que estamos fazendo uns aos outros ao praticá-la.

(Assista ao vídeo inteiro para entender o texto. A cena da mãe aparece em 1min13s)

Partiu...

filho que parte cedo

é dor que não tem nome

é querer vê-lo como homem

e ter na mente

eternamente

a imagem de um menino.

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(para todos os pais e mães que tiveram a desdita de ver um filho partir antes deles...)

Bondade

As pessoas deveriam ser intrinsecamente boas. E pela minha Fé sei que são, pois vieram todas de Deus, e Deus é a essência do amor, o próprio Amor.

Mas muitas vezes elas se esquecem de onde vieram e qual a sua característica que mais as assemelha ao Criador. E não falo aqui de profissão de credo algum, mas da própria experiência pessoal do Amor maior.

Quando isso acontece, percebemos apenas o pior que vai dentro delas. E começamos então a imaginar que as pessoas SÃO más e egoístas; que nunca vão estender a mão ao próximo e não se interessam por nada além delas mesmas e de seus próprios projetos; que não se importam em fazer o mal se tiverem algum ganho com isso; que são indiferentes à dor e ao sofrimento alheios; que machucam os outros deliberadamente.

E na verdade todos temos um pouco - ou muito - disso tudo dentro de nós.

No final das contas, prefiro acreditar - e SEI - que NÃO SOMOS desse jeito, mas que ESTAMOS assim, que fomos condicionados, por circunstâncias recentes ou mesmo por toda uma vida, a ter tal tipo de comportamento.

Digo isso porque simplesmente me recuso a acreditar que não haja ao menos uma centelha de bondade ou amor mesmo naqueles que temos em conta de "pior tipo de pessoas" (qualquer que seja esse tipo que assim classificamos). É só questão de oportunidade de mostrar e interesse em fazê-lo.

Mudar pra melhor implica comprometer-se, antes de tudo, com nós mesmos, no sentido de direcionar a vontade para a prática do amor, especialmente nas ocasiões mais difíceis. Não é algo fácil de fazer, e sim um desafio que tanto testa nossa força interior quanto mais nos dedicamos a esse compromentimento.

Eu creio firmemente que Deus é a raiz da verdadeira força de mudança. Entretanto, como jamais viola nossa liberdade, ele apenas age quando há uma abertura de nossa parte, por mínima que seja, a esta realidade.

E você, já se abriu a essa dimensão hoje? Pode mudar muita coisa, é só experimentar...

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Paz e Bem.

Deus, simples assim.

Um simples momento compartilhado, combinado de improviso.

Breve passeio na rua, um lanche em casa, conversa sobre assuntos amenos, uma sobremesa inesperada.

Logo após, oração simples, profunda, que brotou do coração. Espontânea e sincera, um pelo outro, inspirada tão de repente quanto o programa desta noite.

A cruz de Cristo e a esperança que ela representa arrematando tudo no final.

Às vezes, é tudo o que uma alma precisa pra reencontrar Deus: vê-lo refletido no outro, e saber-se reflexo desse mesmo Deus para esse mesmo outro.

Simples assim.

Obrigado, irmãozinho.