Numa tarde de domingo, sentei em meu jardim para pensar sobre a vida.
Mas era difícil fazer isso, porque tinha muita gente ao redor!
Fazendo barulho!
Correndo e gritando!
Pisando minhas flores!
Ocupadas com outras coisas que não o meu jardim, ou os pensamentos que lá eu cultivava...
Tomei então uma decisão: coloquei os barulhentos pra fora, mandei os pressurosos correrem em outro lugar e tirei de perto todos os que estavam preocupados o suficiente com o próprio umbigo a ponto de não ver que havia no mundo outras coisas, inclusive o meu jardim.
Pronto!
Ferramentas em punho, agora era só replantar tudo o que havia sido destruído. Não seria fácil, mas também não seria impossível.
E depois, aqueles que também cultivam seus próprios jardins e sabem olhar ao redor para ver que há outros por perto, viriam me visitar e admirar o que eu havia plantado. E eu poderia também, em paz e com tranqüilidade, admirar os jardins deles.
E o mundo seria um lugar muito mais bonito desse jeito.